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Medidas de Gestão e Conservação

 

As medidas de gestão e conservação do Pico Branco, implementadas ou em curso, contemplam ações conducentes à proteção ambiental desta ZEC. Integram como grandes pilares estratégicos a conservação da natureza, a proteção ambiental e o fomento da participação da população e dos visitantes na fruição, divulgação e preservação do espaço. Estas ações têm fomentado o conhecimento sobre a biodiversidade e a recuperação dos ecossistemas naturais, verificando-se uma melhoria do estado de conservação do seu coberto vegetal, com destaque para o aumento da área de distribuição do endemismo porto-santense, Echium portosanctense, um arbusto que há 20 anos era extremamente raro. As medidas de gestão em curso fazem prever uma tendência para a melhoria do estado de conservação dos seus habitats e ecossistemas.

Echium portosanctense ©Susana Fontinha

Echium portosanctense

Ademais, a par do trabalho de florestação patente na Ilha do Porto Santo, as medidas assumidas pelo Governo Regional na década de 90 do século passado no sentido de controlar o efetivo de gado asselvajado, no âmbito da política de redução de ovinos e caprinos em terrenos de aptidão florestal, têm permitido intervir nalguns habitats, dadas as melhorias significativas a nível edafo-climático que vêm potenciando o desenvolvimento de vegetação natural, que inclusive brota espontaneamente em nichos muito característicos. Com particular destaque para as zonas como o Pico Branco e Terra Chã, que constituem sítios prioritários que contemplam a presença de endemismos, alguns dos quais presentes apenas nesses locais. Verifica-se a franca recuperação do coberto vegetal natural na envolvente a esta ZEC, estendendo-se ao longo do flanco que integra a vereda do Pico Branco, num cenário de restabelecimento que faz jus ao potencial seminal existente nestes locais e aos valores edáficos e microclimáticos, numa sinergia de interações ecológicas que premeiam estes espaços com vislumbres de sucesso.

No que se refere aos ilhéus do Porto Santo, que integram a RAMPPS e são uma ZEC, verifica-se que a vegetação dos Ilhéus das Cenouras, de Fora e da Fonte da Areia está em bom estado de conservação e os habitats marinhos pertencentes ao Anexo I da Diretiva Habitats estão classificados como em “Muito Bom Estado de Conservação”. A vigilância e monitorização desta área protegida fazem prever uma tendência para a manutenção do estado de conservação dos seus habitats e ecossistemas.

Quanto aos restantes habitats e ecossistemas que existem na Reserva da Biosfera candidata, não existe informação suficiente que permita definir com pormenor o seu estado e as suas tendências, preconizando-se no âmbito da sua gestão melhorar o grau de conhecimento e ajustar os mecanismos de proteção e conservação às tendências identificadas e aos desígnios traçados para a Reserva da Biosfera da Ilha do Porto Santo.

Considerando o reduzido nível de precipitação média anual que caracteriza o Porto Santo, e que condiciona as ações quer de repovoamento florestal quer agrícolas, é pertinente promover um maior aproveitamento das águas pluviais através do aumento de estruturas de armazenamento de água em espaços agroflorestais, em articulação com os trabalhos de correção torrencial das linhas de água mais erosionadas. Promover a proteção dos solos e o controlo do regime hidrológico e valorizar as paisagens do Porto Santo, tornando-as mais ricas e diversificadas, a par da conservação e recuperação de espécies e habitats e do estabelecimento de corredores ecológicos, essencialmente ao longo das linhas de água, constituem desígnios presentes nos propósitos da gestão da Reserva da Biosfera da Ilha do Porto Santo.

No seu cômputo geral, preconiza-se uma gestão dos espaços orientada no sentido de incrementar os valores naturais, que estão na origem da classificação dos habitats protegidos, assim como favorecer a sua riqueza genética e os endemismos. Assim, os objetivos de conservação e gestão florestal – patentes nos instrumentos de ordenamento e gestão florestal ou nos programas e medidas de conservação e gestão das áreas protegidas –, coadunam-se com o fomento e manutenção dos habitats de evidente valor ecológico, quer para a fauna quer para a flora, nomeadamente através da conservação da diversidade genética, sobretudo nas áreas núcleo da Reserva, e, dada a presença de espécies invasoras, com o controlo das manchas de invasão, de modo a condicionar a sua dispersão. Estas ações de controlo assumem maior relevo em áreas destinadas à conservação da diversidade florística ou faunística, ou onde se registe a ocorrência de espécies raras, a privilegiar ou favorecer a sua expansão.

 

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